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Retrospectiva 2017 — O ano mais louco da minha vida

Um dos anos mais movimentados da minha vida. Restrospectiva 2017.

Este, sem dúvidas, foi o ano mais intenso da minha vida

Como algumas pessoas já faziam, ano passado eu comecei a escrever uma retrospectiva como forma de relembrar das coisas que aconteceram durante o ano (boas e ruins).

Retrospectiva 2016

Este ano foi o mais intenso que eu já vivi. Foram muitas realizações, diversas conquistas, uma planta chamada Matilda, outra chamada Helton, volta de crises de ansiedade e reflexão pessoal a respeito da minha postura e vou comentar sobre essas coisas aqui.

Este post parece imenso pela barra de rolagem, mas é por causa das imagens, viu. ;) — juro que resumi o máximo que pude.

Quem me segue no Twitter também viu muita coisa acontecendo e alguns meses onde eu postava demais e outros em que eu sumia por causa de algum compromisso.

Twitter - @1ilhas

O começo do ano foi mais parado, onde eu postava poucos artigos e estava focado no ABC-Dev, estudos e Training Center.

ABC-Dev 2017

Como não começar por uma coisa que aconteceu quase no final do ano, mas dura muito mais que um mês?

A organização de um evento dura um ano inteiro. Não é coisa fácil. — E esse ano o ABC-Dev me surpreendeu muito.

Foram diversas reuniões desde o ano passado até o dia do evento, em setembro, muitas brigas, muitas risadas, mas depois de tanto trabalho tivemos um evento mostrando o poder das comunidades; onde algumas pessoas simples e sem pretenção se juntam e conseguem colocar 180 pessoas (em 2016 foram 62) dentro de um ambiente para compartilhamento de experiências, motivar outras pessoas e, o principal, fazer a diferença em algumas vidas.

Deixo aqui meu forte abraço para todas as pessoas que acreditam no nosso trabalho e foram prestigiar o evento, foram palestrar, que patrocinaram o evento (para que pudéssemos cobrar menos pelo ingresso) e um abraço mais que especial para a organização do evento e as pessoas que nos acompanham em todas as reuniões (nossas parceiras e parceiros).

Primeiro voo de avião e viagem sem ser pra casa de parentes

Entrando no avião

Antes deste ano eu nunca tinha viajado sem ser para visitar parentes ou ir em velórios de conhecidos — vida na favela é isso, as pessoas não tem privilégio de ficar passeando não, gente.

Pois bem! Este ano eu viajei e pra ficar mais louco ainda: viajei de avião pela primeira vez na vida. E foi para um dos eventos mais fantásticos da minha área, a BrazilJS Conf! Para completar, conheci pessoalmente algumas das pessoas que me inspiram, outras pessoas que estavam sempre presentes no Slack ou em redes sociais, mas nunca tive a oportunidade de conhecer pessoalmente. Foi incrível.

Foto da gente bagunçando num café em POA

Também tive a oportunidade de rever meus amigos e mentores com os quais trabalhei a um tempo atrás e ficar hospedado junto com eles, além de sair pra curtir a vida e acabar assim:

Saindo do rolê carregado. Eu dormi! Não estava bêbado não, viu. ;D

Sim, gente, eu curto a vida de vez em quando. :joy:

Fui entrevistado no DEVNAESTRADA

Eu NUNCA imaginaria algo desse tipo acontecendo. Eu adoro o DNE. Um dos episódios do cast, o primeiro, foi responsável pela mudança de área de backend para frontend e toda a revolução que aconteceu na minha vida depois disso veio graças a essa escolha.

Eu fiquei muito feliz pelo convite depois que uma galera fez um movimento no Twitter para eles me entrevistarem. No episódio eu comentei por alto como foi meu contato com tecnologia, primeiros trampos como menino que formatava PCs, muito TIBIA e mudança pra área de desenvolvimento.

Aqui temos o episódio, se você quiser conferir:

Juntos na TI

Este ano eu conheci um workshop fantástico!

Não sei como eu não conhecia desde a primeira edição, mas foi na terceira que eu me juntei ao grupo e não quero mais parar de ajudar.

Página do Juntos na TI

</> JUNTOS NA TI é uma iniciativa de empresas e centros de Tecnologia que se reuniram para iniciar e incentivar pessoas com deficiência, pessoas trans e pessoas negras no universo da TI.

Imagem do meu crachá de instrutor no Workshop

Estou de volta aos meetups

Ano passado eu tive que abandonar a liderança do FEMUG-ABC, o que foi muito triste pra mim. Porém adiversidades acontecem e nós temos que largar o osso.

Mudança de áres para o FEMUG-ABC

Este ano eu voltei a participar de maneira ativa em um meetup, porém não é organizando, mas apoiando a organização e apresentando de vez em quando. Foi o TC Talks SP.

Apresentando o primeiro TC Talks SP

O engraçado de olhar a foto acima é o fato de eu estar com a mesma camiseta com a qual apresentei o primeiro FEMUG-ABC. — risos altos por não comprar camisetas a um bom tempo

InterCon

No InterCon deste ano eu tive a oportunidade de fazer uma das coisas que eu mais gosto de fazer: ajudar pessoas. Fui convidado a uma ideia nova do pessoal do iMasters que são as mentorias nos eventos e aceitei!

Mentorias no InterCon

Mais uma vez conheci pessoas fantásticas no evento que acontece antes do InterCon para líderes de comunidades, o Community Summit. Evento que mudou minha mente quanto a organização de comunidades.

Almoço Community Summit

E foi no InterCon que tive a oportunidade de ver a palestra do Paulo Silveira que deu vários tapas na minha cara quanto ao que eu penso/pensava antes da palestra.

Na imagem, Paulo Silveira e a mensagem: você não é pago para escrever código

TOTVS techday

E do nada, lá estava eu partindo para mais um evento. Realmente este ano, de julho pra frente, foi uma loucura pra mim. Dessa vez o TOTVS Techday, onde eu iria falar sobre o processo de construção de uma comunidade acolhedora e iria compartilhar as experiências que tenho passado no Training Center.

Não preciso nem comentar que conheci pessoalmente mais gente que eu sempre admirei pelas internets, né?

7Masters: Git :heart:

Mais uma vez o pessoal do iMasters me dando uma oportunidade. Fui convidado a participar do 7Masters, outra iniciativa que eu já acompanho a muito tempo e sempre vi pessoas muito feras palestrando lá.

Seria para falar sobre Git, algo que eu gosto demais . Afinal o que eu mais faço na vida e no código é coisa errada e tenho que reverter. — Brinks

Caneca do 7Masters

Palestrei na USP

Sim! Por mais que eu deteste o modelo de ensino de escolas e faculdades, fui convidado a entrar em uma universidade desse porte pra falar lá dentro para os seus alunos.

Eu nem tenho palavras pra descrever como eu me senti na hora. Foi graças a indicação da Fernanda Bernardo que recebi esse convite e… Que evento. Eu pirei demais com a proposta do evento.

Foi no Dia de Demonstração. Um evento onde jovens falam sobre suas propostas de empresas (isso mesmo, jovens empreendedores e empreendedoras) e, principal, as ideias são todas focadas em impacto social. Eu pirei demais assistindo aquele pessoal.

Fiquei tão acelerado com algumas propostas que quase não consegui apresentar.

Minha apresentação foi sobre como usar a tecnologia para proporcionar mudanças sociais.

Apareci na Alura Live

Quase final de ano e fui convidado a trocar uma ideia sobre produtividade no Alura Live com o Gabriel e a Priscila da Caelum. Como eu nem gosto muito de falar sobre isso eu logo aceitei! Coloquei o compromisso no meu Google Calendar e parti pro abraço.

O bate papo foi muito legal! Vale a pena dar uma conferida nesse vídeo.

Finalmente comecei a escrever um livro

A um bom tempo eu gostaria de escrever um livro falando tudo o que eu falo para as pessoas quando eu mentoro para conseguir alcançar mais gente. Pois bem… Eu conversei com o Paulo, da Caelum, sobre isso, e ele me direcionou como fazer. Então, finalmente, comecei a escrever este bendito.

Ano que vem eu quero conseguir ir mais longe com as coisas que ensino através deste livro. Afinal, com o apoio da Casa do Código eu tenho certeza que vou alcançar mais pessoas do que eu estou conseguindo com meus esforços na internet.

Em breve eu vou lançar um blog onde vou compartilhar como está sendo a escrita do livro e estará disponível em ouniversodaprogramacao.com.br (se você é do futuro, já pode clicar neste link que deve ter alguma coisa lá). Lá eu vou falar o porque decidi lançar o livro através da Casa do Código e não um livro aberto (como o Vim para Noobs), como estou produzindo o livro, o que vou falar no livro e muito mais.

Mudanças

Neste ano eu saí de uma empresa fantástica que é o VivaReal onde eu trabalhava com uma equipe incrível no Viva Decora que me ensinaram grande parte do que eu sei agora sobre qualidade de código e engenharia de software e fui para outra empresa também muito legal, o Luizalabs (time de tecnologia do Magalu).

Como eu estava cansado dos acidêntes de moto e iria trabalhar mais longe de casa, uma mudança de 34 para 43 km de distância, eu resolvi abandonar a motoca e começar a ir de ônibus e metrô para o trabalho. Foi tenso:

Estação Sacomã lotada

Isso perdurou durante 5 meses e agora eu me mudei de vez para SP. Onde moro com algumas plantas, a Matilda e o Helton.

Matilda, a planta

Helton, o hortelã

E nessa mudança eu deixei de demorar 3 horas para 40 minutos para chegar no trabalho. Mais pra baixo eu falo sobre o que esse tempo no trânsito me rendeu.

Claro que eu não consigo ficar longe do ABC Paulista e todo final de semana eu estou na vila de novo pra poder ver isto na rua:

Imagem da minha rua em São Bernardo do Campo, com uma galinha passeando por ali

Eu também mudei meu foco de estudos e hoje não estudo somente frontend, mas engenharia de software no geral.

Os caminhos da engenharia de software: o que estudar

Nem tudo são flores

Como eu comentei acima, eu estava demorando 3 horas para chegar ao trabalho. Nisso eu perdia 6 horas do meu dia.

Eu chegava em casa e não queria fazer nada a não ser tomar um banho e dormir pra acordar de madrugada no outro dia. Nos finais de semana eu tinha reuniões do Training Center e do ABC-Dev. E com isso vieram as DPs na faculdade. Afinal eu estudo a distância e se você não tem tempo pra fazer as provas você reprova.

Não obstante as reprovações na faculdade, eu não estava conseguindo fazer nada do que eu planejava — sim, pessoas que eu prometi coisas e não cumpri nos últimos meses, não foi só por falta de organização — o que acarretou a volta de uma coisa que tanto me atrapalhou em 2016, as crises de ansiedade.

Não é engraçado ter um transtorno psicológico desse tipo, pois todo mundo fala que tem ansiedade e não entende quando isso é doença e quando isso é normal. Se você fala para alguém que está tendo uma crise de ansiedade ela comenta contigo “nossa eu também tenho isso direto”. Mas em grande parte das vezes a pessoa só tem a ansiedade normal que todo mundo deveria ter, então ela não vai nos entender.

Passei um período agressivo, acelerado, com pouca ideia para família, amigos(as), noiva e pessoal do trabalho. O ruim disso é ficar entristecido com as coisas que fiz ou falei para essas pessoas em momento de crise e aqui não da pra fazer rollback.

Peço desculpas a todas as pessoas que magoei nesses períodos.

Não bati exatamente nenhuma meta das que eu prometi pra mim mesmo ano passado.

Foi tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo esse ano que eu saí totalmente dos trilhos e, por isso, para o ano que vem minhas metas deverão ser bem mais enxutas e alcançáveis.

Não preciso nem dizer mais que comunidade é muito importante na minha carreira e pessoalmente também, né?

Foi graças ao convívio com pessoas diferentes em comunidades que eu mudei tanto de mentalidade, que aprendi tão rápido o pouco que sei e ganhei muitas camisetas.

Este ano eu estava entristecido com as coisas que acontecem por baixo dos panos e não estava tão animado em continuar contribuindo com as comunidades, mas foi em uma reunião do ABC-Dev no começo do ano que um amigo, o Carlos Zambrana, companheiro da Andréa, comentou a respeito da importância de estarmos presentes na vida de pessoas em início de carreira (falando especificamente do Training Center neste dia) e me reanimou.

Foi aí que voltei as energias para o TC e consegui animar mais a nossa comunidade que eu tanto amo. ❤

O melhor das comunidades é isso: as amizades verdadeiras que fazemos e podemos contar sempre.

Quantas vezes já desabafei com a Andréa ou com a , recorri a outros amigos e amigas virtuais, como a Aline Bastos, saí pros rolês com o Luiz pra distrair a cabeça dos problemas da vida ou conversei com mais um monte de gente, que se eu começar listar aqui o post nunca acaba. Pessoas que conheci através de comunidades e, com certeza, vou carregar suas amizades pro resto da vida.

Conclusão

Esse ano foi loko!!!

Espero que o ano que vem seja tão fantástico quanto foi 2017 e que o seu ano seja tão louco ou melhor do que o meu! \o/

Feliz ano novo!

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